quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Visita de Atletas Paralímpicos do Azerbaijão

No dia 12 de setembro, nossa escola teve a honra de receber a visita de três atletas paralímpicos do Azerbaijão.

Acompanhados por Aydin Mammadov, oficial do Ministério do Esporte e Juventude e pelo treinador da equipe paralímpica de judôIbrahim Ibrahimov, os atletas deficientes visuais do judô. Ramil Gasimov, Mustafayev e
Ilham Zakiyev foram apresentados aos alunos que ensaiaram um caloroso "SALAM", cumprimentando-os em azerbaijanês. Os atletas, que também demonstraram ter ensaiado algumas palavras em português como "obrigado" e "perfeito", responderam às perguntas dos alunos e exibiram as medalhas conquistadas nesta edição dos jogos no Rio. Gasimov conquistou medalha de ouro e Mustafayev, de prata. Zakiyev foi medalhista de ouro em Atenas, em Pequim e em Londres e foi porta-bandeira da seleção paralímpica do Azerbaijão este ano. 

O embaixador do Azerbaijão, Elnur Sultanev, começou o encontro parabenizando nossa cidade pelos jogos olímpicos e paralímpicos. 

Em resposta às perguntas feitas pelos nossos alunos, Gasimov destacou que não se torna campeão do dia para a noite. Enfatizou que as crianças que sonham em se tornar atletas precisam se preparar desde cedo, cuidando também da saúde. 

A escolha do judô, no caso deles, foi inspirada em dois lutadores brasileiros de jiu jitsu, os irmãos Gracie. Para eles, as lutas são sinônimo da força que toda criança desde cedo quer ter. Por isso, o governo do Azerbaijão apoia outros tipos de lutas que nem mesmo estão nas olimpíadas como o karatê e a capoeira.

Os atletas, que treinam de 4 a 6 horas por dia em épocas de competição, falaram do grande desafio que é conquistar uma medalha de ouro, mas disseram que têm outros desafios ainda a superar na vida. "A gente pode conquistar o que a gente quer com treino" - destacou Gasimov.

Ilham Zakiyev contou ainda que não nasceu deficiente visual. Perdeu a visão com 18 anos na guerra contra a Armênia. O governo do Azerbaijão investiu nele, que conquistou o apoio do comitê paralímpico. De tal forma, ele, que já era atleta antes da guerra, não precisou parar de competir. Depois de dois anos, tornou-se campeão paralímpico na Grécia e depois na China e em Londres. Confessou que apesar de não se deixar abalar pelas emoções quando compete, momento em que tenta ser o mais profissional possível com meta de vencer, quando sobe ao pódio e vê a bandeira do Azerbaijão sendo erguida, não consegue conter sua emoção.

Nossos alunos puderam ainda fotografar ao lado dos atletas, tocaram nas suas medalhas, sentiram o peso delas e ainda ouviram o barulhinho característico da medalha paralímpica*. Tão vibrante quanto ficam os atletas que a conquistam! Com certeza, será um momento inesquecível para todos!

Comitiva sendo recepcionada pelo diretor Fabio Milioni, a adjunta Carla Ventura, a coordenadora pedagógica, Sarah da Cunha e pela assessora adjunta da 7ª CRE, Mariana Grolla.

Da esquerda pra direita: no alto, alunos curiosos reunidos, os atletas, a assessora adjunta da 7ª CRE, Mariana Grolla, e o diretor da UE, Fabio Milioni.
Embaixo, a comitiva paralímpica, o embaixador do Azerbaijão, o diretor da escola e, ao lado, a homenagem dos alunos da 1401.


Assista ao vídeo e veja mais fotos da visita:



*Nesta edição dos jogos, pela primeira vez, a medalha paralímpica possui pequenos guizos e faz barulho ao ser sacudida. Essa inovação é para propiciar aos deficientes visuais a sensação auditiva da medalha.






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